Não tenho a honra de conhecer pessoalmente o novo doutor em ciências económicas, Eugénio Rosa. Uma mão amiga tem-me feito chegar regularmente os seus detalhados e minuciosos estudos sobre a realidade económica portuguesa. Porque tenho feito bastante uso desses estudos, também eu tenho para com Eugénio Rosa uma dívida de gratidão. Tinha na minha agenda ir assistir às provas públicas de doutoramento no ISEG. Só um impedimento familiar de última hora me não deixou estar presente na cerimónia das suas provas públicas.
Assim, desta forma simples e despretenciosa, quero deixar registado os meus parabéns pelo novo grau académico e o meu reconhecimento pelo trabalho até agora feito por Eugénio Rosa.
Agradeço a qualquer visitante deste blogue que conheça pessoalmente o doutor Eugénio Rosa que lhe faça chegar esta mensagem. Obrigado!
Os «economistas» CONVENCIONAIS que nos desgovernam percebem tanto de Economia como os doutores da Santa Madre Igreja que condenaram Galileu percebiam de Astronomia...
segunda-feira, 23 de julho de 2012
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Com papas e bolos...
Este pessoal que nos «governa» («paus mandados» do sistema...) é menos cretino do que possa parecer. Comecemos com a história da inconstitucionalidade do roubo das 13ª e 14ª mensalidades contratadas com os funcionários públicos, assim como o roubo das 13ª e 14ª mensalidades entregues pelos reformados ao Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social. Antigamente, quem se pagava por suas próprias mãos (foi o que mandou fazer o sr. ministro das finanças...) era preso.
Aparentemente, e de um ponto de vista do cumprimento das leis, perante a situação «gravosa», «catastrófica», de «iminente desastre nacional» (e outras tretas do estilo), se eles fossem competentes como governantes da «res publica deles», então faziam o trabalho de casa e decretavam uma nova tabela (ou novos escalões) de IRS, aumentando significativamente e de modo equivalente as receitas do Estado para compor o ramalhete do Orçamento (julgariam eles no seu raciocínio linear...).
Mas não.
Aparentemente, estavam com pressa (era uma emergência nacional!!!...) e serviram-se do dinheiro que estava «mais à mão»: o dinheiro dos funcionários públicos, dos pensionistas do Estado e dos reformados da Segurança Social.
Na verdade, ao tomarem esta medida, mostraram-se maquiavélicos quanto baste (também não exageremos nesses méritos de inteligência e perspicácia sobre estratégia política...).
De uma assentada desacreditaram a Segurança Social pública (não mexendo nos fundos de pensões privados - mas privados mesmo...) transmitindo a mensagem (até nem muito subliminar) de que «afinal não se pode confiar no Estado», «eles é que tinham razão, devia era ter posto os meus descontos num fundo de pensões privado»...
E, na mesma assentada, procuraram também aprofundar a já iniciada «campanha divisionista entre o "sector público" e o "sector privado"» tanto do seu gosto.
E agora, para porem a cereja no cimo do bolo (das tais papas e bolos com que vão enganando os tolos) vem toda uma legião de comentadores (muitos deles "papagaios e cassandras" de que falo noutro contexto...) falar da falta de equidade, das diferenças entre o «público» e o «privado» e de como seria injusto obrigar o «privado» a pagar ainda mais a crise que (pelos vistos...) foi causada pelo despesismo do Estado.
E só falam disso!!!
São ou não são espertos ?...
Tudo isto para só falarem do lado da «Despesa», quando o Orçamento do Estado tem necessariamente duas componentes: a Despesa e a Receita.
E como (dizem eles...) «já não se pode aumentar mais os impostos» (excepto o IVA, já que esse acaba por ser pago pela esmagadora maioria da população...), a única saída é «cortar nas despesas com o pessoal».
No meio de todo este barulho mediático, e com excepção dos partidos de Esquerda, ninguém parece lembrar-se de «tributar o Capital»...
Ainda gostava de ver uma polémica interessante (do tipo «Prós e Contras») em que aparecessem uns senhores economistas convencionais (tal como o nosso primeiro?...) a explicar que o Capital tem uma grande (enorme...) mobilidade transfronteiriça e que portanto não se pode tributar em demasia, se não «ele foge»... Talvez alguém se lembrasse de falar de uma taxa Tobin (para quem não sabe não consta que este senhor fosse suspeito de simpatias com o Socialismo...) e de assim penalizar (tornar mais caras...) as entradas e saídas de capitais de cada país, ao sabor das conveniências dos patrões das agências de notação e outros que tais...
Aparentemente, e de um ponto de vista do cumprimento das leis, perante a situação «gravosa», «catastrófica», de «iminente desastre nacional» (e outras tretas do estilo), se eles fossem competentes como governantes da «res publica deles», então faziam o trabalho de casa e decretavam uma nova tabela (ou novos escalões) de IRS, aumentando significativamente e de modo equivalente as receitas do Estado para compor o ramalhete do Orçamento (julgariam eles no seu raciocínio linear...).
Mas não.
Aparentemente, estavam com pressa (era uma emergência nacional!!!...) e serviram-se do dinheiro que estava «mais à mão»: o dinheiro dos funcionários públicos, dos pensionistas do Estado e dos reformados da Segurança Social.
Na verdade, ao tomarem esta medida, mostraram-se maquiavélicos quanto baste (também não exageremos nesses méritos de inteligência e perspicácia sobre estratégia política...).
De uma assentada desacreditaram a Segurança Social pública (não mexendo nos fundos de pensões privados - mas privados mesmo...) transmitindo a mensagem (até nem muito subliminar) de que «afinal não se pode confiar no Estado», «eles é que tinham razão, devia era ter posto os meus descontos num fundo de pensões privado»...
E, na mesma assentada, procuraram também aprofundar a já iniciada «campanha divisionista entre o "sector público" e o "sector privado"» tanto do seu gosto.
E agora, para porem a cereja no cimo do bolo (das tais papas e bolos com que vão enganando os tolos) vem toda uma legião de comentadores (muitos deles "papagaios e cassandras" de que falo noutro contexto...) falar da falta de equidade, das diferenças entre o «público» e o «privado» e de como seria injusto obrigar o «privado» a pagar ainda mais a crise que (pelos vistos...) foi causada pelo despesismo do Estado.
E só falam disso!!!
São ou não são espertos ?...
Tudo isto para só falarem do lado da «Despesa», quando o Orçamento do Estado tem necessariamente duas componentes: a Despesa e a Receita.
E como (dizem eles...) «já não se pode aumentar mais os impostos» (excepto o IVA, já que esse acaba por ser pago pela esmagadora maioria da população...), a única saída é «cortar nas despesas com o pessoal».
No meio de todo este barulho mediático, e com excepção dos partidos de Esquerda, ninguém parece lembrar-se de «tributar o Capital»...
Ainda gostava de ver uma polémica interessante (do tipo «Prós e Contras») em que aparecessem uns senhores economistas convencionais (tal como o nosso primeiro?...) a explicar que o Capital tem uma grande (enorme...) mobilidade transfronteiriça e que portanto não se pode tributar em demasia, se não «ele foge»... Talvez alguém se lembrasse de falar de uma taxa Tobin (para quem não sabe não consta que este senhor fosse suspeito de simpatias com o Socialismo...) e de assim penalizar (tornar mais caras...) as entradas e saídas de capitais de cada país, ao sabor das conveniências dos patrões das agências de notação e outros que tais...
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