sexta-feira, 24 de maio de 2013

Coisas de longe...

ALGUMAS REFLEXÕES AVULSAS SOBRE DÍVIDA E METÁFORAS

Ainda longe deste «jardim da Europa à beira mar plantado» recebi, de um amigo de longa data, este texto delicioso que parece que volta a circular pela Rede.

«Curso rápido de Economia...
Um viajante chega a um hotel para dormir, mas pede para ver o quarto. Entretanto, entrega ao recepcionista duas notas de 100 euros.
Enquanto o viajante inspecciona os quartos, o gerente do hotel sai a correr com as duas notas de 100€, e vai à mercearia ao lado pagar uma dívida antiga... 
Exactamente de 200 euros. 
Surpreendido pelo pagamento inesperado da dívida, o merceeiro aproveita para pagar a um fornecedor uma dívida que tinha há muito... também de 200 euros.
O fornecedor, por sua vez, pega também nas duas notas e corre à farmácia, para liquidar uma dívida que aí tinha de... 200 euros.
O farmacêutico, com as duas notas na mão, corre disparado e vai a uma casa de alterne ali ao lado, liquidar uma dívida com uma prostituta.... 
Coincidentemente, a dívida era de 200 euros.
A prostituta agradecida, sai com o dinheiro em direcção ao hotel, lugar onde habitualmente levava os seus clientes e que ultimamente não havia pago pelas acomodações. 
Valor total da dívida: 200 euros.
Ela avisa o gerente que está a pagar a conta e coloca as notas em cima do balcão.
Nesse preciso momento, o viajante retorna do quarto, diz não ser o que esperava, pega nas duas notas de volta, agradece e sai do hotel.
Ninguém ganhou ou gastou um cêntimo, porém agora toda a cidade vive sem dívidas, com o crédito restaurado e começa a ver o futuro com confiança!
MORAL DA HISTÓRIA:
NINGUÉM ENTENDE A ECONOMIA! (nem o gajo que escreveu isto!)
E MUITO MENOS EU. MAS FICOU TUDO SALDADO E SEM RECURSO AOS TRIBUNAIS!!! SAFA!!!»
A história está com alguma piada e até tem a sua verosimilhança...

Faltaria apenas acrescentar o pequeno, mas nada insignificante, detalhe da ausência de um banqueiro ou agiota naquela historieta. Tudo ali se passava na base da confiança recíproca entre todos os participantes.

Se juntarmos à história a presença (existência) de um banqueiro ou agiota (esta coisa de eu escrever «banqueiro OU agiota» nem é inocente nem é uma questão de estilo literário...) e pensando na Dívida pública do «nosso» Estado, poderíamos chegar à conclusão  – na nossa vida real da alegadamente nossa «Dívida» objectiva e concreta de 127% do «nosso» PIBde que uma saída para esta crise da dívida será (há-de vir a ser...) a nacionalização da Banca. 
O resto serão detalhes para «contabilistas» armados em políticos.

4 comentários:

  1. No texto o determinante são os comentários finais sobre a Bamca

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  2. tão clarinho, tão clarinho que até os "contabilistas" poderão entender...

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  3. Calma que isto tem uma falácia. É que o recepcionista é que ficou a arder com os 200 Euros que afinal ele julgava que já eram do hotel mas o putativo hóspede apenas os tinha pousado (como garantia?). Ninguém pagou nada ao hotel. O hotel é que, no fundo, emitiu 200 euros do nada!
    Bom, parece que é isso é uma coisa que se faz habitualmente mas apenas por gente autorizada para isso: os bancos, quando emitem crédito!Só que o devedor fica ... a dever.
    No caso do hotel, quem ficou a dever? O recepcionista ao hotel!

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    1. Bem observado... Será que o anónimo autor do texto deixou no ar - de propósito (?) - a ideia de que o recepcionista e o gerente do hotel eram (seriam...) uma e a mesma pessoa?

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