segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A «Sacralização» do conhecimento económico

A ciência da economia política, a que entretanto se veio a chamar pomposamente «Economics» (à maneira de «Physics» assim como para se dar uns ares de maior respeitabilidade...) é um caso paradigmático de sacralização da ciência... E andaram tantos filósofos e cientistas a tentar faxer compreender que a ciência tem muito pouco, ou nada, a ver com a religião.
Se um cientista físico tiver a ideia de pôr em causa a Teoria da Relatividade ou tentar explicar que afinal a velocidade da luz não é uma constante universal, os doutores da ciência Física «convencional» podem achar a ideia esquisita, estranha ou subversiva mas, normalmente, esse inovador cientista não é logo lançado no inferno do ostracismo. Muitos dos físicos procurarão mesmo re-examinar as suas convicções e normalmente dar-se-ão mesmo ao trabalho de alguma refutação empírica. E depois logo se vê... Porque também em ciências físicas há polémicas e, como dizia um cientista contemporâneo de Einstein - não me lembra agora o nome (Max Planck?...) também entre os físicos não onversões de fé à maneira de Saul que, numa mítica viagem pela estrada de Damasco, virou São Paulo»...
No caso da «ciência» económica a coisa é mesmo diferente, de um outro grau...  E nos templos sagrados do conhecimento «científico» em economia e finanças, só são admitidos os iniciados do canonicamente correcto. Tudo isto apesar da evidências empiricas, visíveis a olho nu para quaisquer observadores (mesmo os mais incautos e impreparados nas minudências da «ciência» económica), as quais evidências empíricas vão demonstrando, dia após dia, que há algo de errado nos «templos do saber económico»... 

3 comentários:

  1. Nas minhas quotidianas "viagens blogosféricas" nunca tinha parado aqui. Era um apeadeiro adiado.
    Pois vou ficar "freguês" (isto das freguesias ganhou aguda actualidade...).
    Por agora, apenas "assino o ponto"

    com uma calorosa saudação

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  2. Obrigado pela «visita»...
    «Isto», por enquanto, ainda sou eu a gatinhar na blogoesfera enquanto autor...
    A ver se me habituo!
    Cordiais saudações.

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  3. Existem várias formas de agitar as águas do pântano... atirar pedras ou remexer suavemente, mas com persistência.. força Guilherme! um abraço

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