Em
primeiro lugar é preciso salientar que esta temática da «queda
tendencial da taxa de lucro» está para o estudo do sistema
capitalista como o estudo da «força da gravidade» está para a
Física. Tal como na Física há uma série de minudências que fazem
a radical diferença entre a teoria de Newton e a teoria de Einstein,
também aqui as minudências são mais do que muitas.
Tanto
quanto eu saiba, a «coisa» começa por ser assinalada por Adam
Smith (se calhar ainda antes disso...). De facto aquele autor de fins
do século XVIII já se referia a essa tendência para uma queda da
taxa de lucro em determinadas fases da evolução do sistema
capitalista. Ou seja, a «coisas» começa por uma
observação empírica.
Só
depois é que vêm as tentativas de explicação teórica.
É
também preciso salientar que esta temática tem sido objecto de
centenas de artigos, ensaios, «papers», comunicações a
congresssos, teses de doutoramento e, claro, muitos livros.
Alguns
observadores do blogue fizeram-me chegar por «email» dúvidas
e pedidos de esclarecimento relativamente ao gráfico sobre a
oscilação recorrente da taxa de lucro e evolução aos solavancos
do nível (volume) geral do emprego. De facto, a «coisa»
apresentada assim «a seco» é capaz de causar muitas confusões,
dúvidas e perplexidades do tipo «de
que é que este senhor está a falar?»....
Tudo
isto tem que ser visto considerando a Humanidade e seus recursos na
sua totalidade: 7.000 milhões de pessoas ocupando um planeta e
fazendo o aproveitamento dos recursos naturais do planeta e da sua
capacidade de trabalhar, segundo determinadas regras.
(continua...)
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