ALGUMAS REFLEXÕES
AVULSAS SOBRE DÍVIDA E METÁFORAS
Ainda longe deste «jardim da Europa à beira mar plantado» recebi, de um amigo de longa data, este texto delicioso que parece que volta a circular
pela Rede.
«Curso
rápido de Economia...
Um
viajante chega a um hotel para dormir, mas pede para ver o quarto.
Entretanto, entrega ao recepcionista duas notas de 100 euros.
Enquanto
o viajante inspecciona os quartos, o gerente do hotel sai a correr
com as duas notas de 100€, e vai à mercearia ao lado pagar uma
dívida antiga...
Exactamente de 200 euros.
Surpreendido pelo
pagamento inesperado da dívida, o merceeiro aproveita para pagar a
um fornecedor uma dívida que tinha há muito... também de 200
euros.
O
fornecedor, por sua vez, pega também nas duas notas e corre à
farmácia, para liquidar uma dívida que aí tinha de... 200
euros.
O
farmacêutico, com as duas notas na mão, corre disparado e vai a uma
casa de alterne ali ao lado, liquidar uma dívida com uma
prostituta....
Coincidentemente, a dívida era de 200 euros.
A
prostituta agradecida, sai com o dinheiro em direcção ao hotel,
lugar onde habitualmente levava os seus clientes e que ultimamente
não havia pago pelas acomodações.
Valor total da dívida: 200
euros.
Ela
avisa o gerente que está a pagar a conta e coloca as notas em cima
do balcão.
Nesse
preciso momento, o viajante retorna do quarto, diz não ser o que
esperava, pega nas duas notas de volta, agradece e sai do hotel.
Ninguém
ganhou ou gastou um cêntimo, porém agora toda a cidade vive sem
dívidas, com o crédito restaurado e começa a ver o futuro com
confiança!
MORAL
DA HISTÓRIA:
NINGUÉM
ENTENDE A ECONOMIA! (nem o gajo que escreveu isto!)
E
MUITO MENOS EU. MAS FICOU TUDO SALDADO E SEM RECURSO AOS TRIBUNAIS!!!
SAFA!!!»
A
história está com alguma piada e até tem a sua verosimilhança...
Faltaria
apenas acrescentar o pequeno, mas nada insignificante, detalhe da
ausência de um banqueiro ou agiota naquela historieta. Tudo ali se
passava na base da confiança recíproca entre todos os
participantes.
Se
juntarmos à história a presença (existência) de um banqueiro ou
agiota (esta
coisa de eu escrever «banqueiro OU agiota» nem é inocente nem é
uma questão de estilo literário...)
e pensando na Dívida pública do «nosso» Estado, poderíamos chegar à conclusão – na
nossa vida real da alegadamente nossa «Dívida» objectiva e
concreta de 127% do «nosso» PIB
– de que uma saída para esta crise da dívida será (há-de vir a ser...)
a nacionalização da Banca.
O resto serão detalhes para
«contabilistas» armados em políticos.
No texto o determinante são os comentários finais sobre a Bamca
ResponderEliminartão clarinho, tão clarinho que até os "contabilistas" poderão entender...
ResponderEliminarCalma que isto tem uma falácia. É que o recepcionista é que ficou a arder com os 200 Euros que afinal ele julgava que já eram do hotel mas o putativo hóspede apenas os tinha pousado (como garantia?). Ninguém pagou nada ao hotel. O hotel é que, no fundo, emitiu 200 euros do nada!
ResponderEliminarBom, parece que é isso é uma coisa que se faz habitualmente mas apenas por gente autorizada para isso: os bancos, quando emitem crédito!Só que o devedor fica ... a dever.
No caso do hotel, quem ficou a dever? O recepcionista ao hotel!
Bem observado... Será que o anónimo autor do texto deixou no ar - de propósito (?) - a ideia de que o recepcionista e o gerente do hotel eram (seriam...) uma e a mesma pessoa?
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