Parafraseando
Hegel, mas também a nossa sabedoria popular, «o que tem que ser,
tem muita força»... Lénine dizia algo de semelhante quando dizia
algo como «os factos são muito teimosos».
E
os factos aí estão...
Dinâmica
Recente do Capitalismo
Em
20 frases simples
(e numa
perspectiva de poucas décadas)
01.
O próprio do capitalismo é crescer e acumular, acumular e crescer.
02.
A "cenoura" – motivação – e motor da actividade é a busca de
lucro.
03.
A taxa de lucro funciona como «acelerador», «travão» e ainda como «caixa
de velocidades». Acontece
que a taxa de lucro tem períodos de subida, de estagnação e de
descida
04.
Entretanto o montante dos lucros empresariais repartem-se em: rendas
(pagamento aos «senhorios»), juros (pagamento aos «donos do
dinheiro») e impostos (pagamento pelos serviços básicos do Estado
minimalista).
05.
Quando a taxa de lucro começa a descer verifica-se uma busca
desenfreada por «saídas» (ou «aplicações»...) para o excedente
potencial, com a sua conversão em excedentes financeiros.
06.
Assim sendo, quando
a TAXA de lucro começa a descer, para
manter incólume a MASSA (o montante) dos lucros, o Capital procurará reduzir as
transferências para os «senhorios», para os «bancos» e para o
Estado…
07.
Como
os donos do Capital se combinam/misturam facilmente com os
«senhorios» e com os «donos do dinheiro», os «custos» dessa
redução sobram naturalmente para a Res
Pública.
Daí
veio a resultar:
08.
Uma exigência de redução nas taxas dos impostos tipo IRC e de IRS
aplicáveis
aos donos e agentes do Capital.
09.
Para facilitar a optimização fiscal, um manipulação
e ajuste das normas e padrões de contabilidade.
10.
Ainda para
facilitar a optimização fiscal, uma exigência da flexibilização
dos padrões e enquadramento legal da auditoria.
11.
Veio também a liberalização
dos movimentos de capitais financeiros o «Bigger
Bang»
e os «Euromarkets»
consagrando
o dinheiro virtual sem qualquer controle estatal/nacional.
12.
Entretanto...
Dos ganhos de produtividade veio a resultar uma «compressão dos
salários» e o «desemprego sistémico»... Logo, redução do poder
de compra global ou a nível sistémico...
13.
Se o sistema reduz o poder de compra agregado, há que facilitar o
acesso ao CRÉDITO (como fonte de receita para os bancos).
14.
Temos assim uma dupla
BIFURCAÇÃO nas Taxas de Juro
- EntidadesBancos ComerciaisBancos CentraisDestinoConsumoInvestimentoEfeitoAumento = UsuraRedução = Quantitative Easing
15.
Tivemos assim e também a abolição
das Leis da Usura (ou seja, a permissão de taxas de juro sem
limitações...)
16.
Daí veio a resultar um aumento
exponencial do consumo a crédito e naturalmente o aumento da dívida
privada.
17.
Da redução
das taxas daqueles impostos e da «optimização» fiscal veio a
resultar o aumento
do défice público, forçando os Estados a «vampirizar» as respectivas Seguranças
Sociais.
18. Temos entretanto a inoperância da redução das taxas de juro para o investimento reprodutivo de bens e serviços, pois que «com uma corda não se empurra uma carroça»
19.
Na falta de outras «aplicações» e/ou «fontes de rendimento», a
«Banca» (em especial na zona Euro...) aproveita para «financiar»
a dívida
pública...
20.
De tudo isto só pode resultar uma propensão para a instabilidade
social, o caos e, eventualmente, a guerra...
Dá
para perceber, ou é preciso fazer uma diagrama?...
Não entender é difícil mas há os que não querem entender.
ResponderEliminarclarinho, clarinho...
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